Desabafos #1

Quase na recta final e ainda nada brilha.
Nem as luzes da árvore de Natal. Tudo está muito escuro, quase negro diria até.

O primeiro período - nem sei por onde começar.
Para mim já acabou apesar de faltar ainda uma semana.
Não vai ser esta semana que vai ser decisiva; desta vez não.

Mudei de escola, primeiro que conseguisse a transferência acho que deve ter tossido uma vaca como se costuma dizer, mas é neste país em que vivemos e que mesmo assim me orgulho de ser portuguesa.
Quem é a pessoa que não gosta de atrasar-se um pouco até sem ser de propósito mas só mesmo para tratar de algo mais importante tal como ver se a vizinha estendeu bem a roupa? Essa pessoa que esta sempre atrasada é sem dúvida alguma - um PORTUGUÊS.
Orgulho nobre povo!
A muito custo consegui a transferência para aquela escola que na altura me parecia ser a única saída possível naquele corredor negro com estava.
Esperava que aquele buraco que teria encontrado seria a minha escapatória para algo que ainda hoje não sei. Fugia de algo que hoje ainda se encontra atrás de mim e eu não sei o que é.
Aquela escapatória encontrada, aquela que iria ser um ponto de conforto pessoal apesar de ser um mundo novo e paralelo ao meu antigo, tornou-se numa autentica armadilha e em vez de uma almofada reconfortante e familiar, tinha á minha espera uma lugar vago, completamente abandonado e entregue á selva (bichos).
Sê forte. - Dizia imensas vezes esta frase e ainda digo, mas agora com uma diferença; já não acredito que seja assim tão forte.
Mas também sei que mais tarde irei voltar a acreditar nessa frase, tal como em mim.
Tudo tem um início e um fim. E esta fase da minha vida vai passar tenho certeza disso.

Preocupações - São mais do que muitas, poderia ficar aqui a noite inteira a descreve-las o quanto me afectam. Tanto ou tão pouco que ando tão nervosa desde Novembro.
Não quero isto para mim, mas sou assim, tal como a Mãe diz - Herdadas-te esses genes meus.
Não tenho culpa novamente mas no entanto cá estou eu para levar a vida para a frente. Sou sempre a base de apoio de todos os que me rodeiam. Mas e quem é a minha base? Acho que vou tendo várias. É bom mas não o suficiente para que me percebam. Dizem que me entendem mas será verdade? Acredito que sim.
A auto-estima. Onde está? Se a encontrarem avisem-me e mandem uma mensagem para o telemóvel que esta ainda a arranjar pela 4 vez.
Paciência que eu tenho de ter.
Escola, Família, Namorado, Amigos, Casa, Escuteiros, Catequese, Saúde, Futuro, Profissão, Hobbies.
Não tenho tempo para respirar. Um sufoco constante. Não passa.
Irá passar. Não quero pensar mas a cabeça a mil por hora está.
Não posso fazer nada a não ser tentar ter calma.
E logo eu, ter calma? Tal como B.P. o dizia : Nada é impossível.
Nada é difícil de alcançar, segundo o fundador do escutismo.
Eu acredito mas nesta altura está complicada a coisa.
Apesar disto ainda existe a mesma Carochinha de sempre.
Aquela terna amiga e eterna namorada. A amiga dos bons e maus momentos, a bem-humorada e resmungona matinal. :)

Mas a estrela tem de começar a brilhar. Brevemente irá.
E darei noticias.

Carochinha*